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O Terminal Rodoviário de Campinas (SP) foi palco, nesta segunda-feira (1º), da estreia do primeiro ônibus rodoviário movido a biometano no Estado de São Paulo. A iniciativa da Viação Santa Cruz é considerada um marco para o transporte coletivo, ao adotar um combustível renovável capaz de reduzir a poluição e diminuir a dependência do diesel.
A operação é fruto da parceria entre a Viação Santa Cruz, a Comgás e a Scania. “Até o fim do ano, toda a nossa frota será Euro 6, o que já significa um grande avanço em termos de redução de emissões. O biometano é a próxima etapa, que vai reduzir ainda mais”, afirma o CEO da Santa Cruz, Francisco Mazon, durante a apresentação.
Ônibus a biometano da Santa Cruz começa a atuar no trecho São Paulo – Campinas (Fotos: Marcelo Valladão)
Participaram do ato o executivo de contas da Scania, Rogério Mouro e o consultor especialista da Comgás, Anderson Lopes.
O biometano tem propriedades semelhantes às do gás natural, mas é obtido de forma sustentável. Ele é produzido a partir de resíduos orgânicos, como lixo urbano, esgoto, dejetos animais e restos da agroindústria, incluindo o bagaço da cana.
Após um processo de biodigestão anaeróbica, o material gera biogás. Purificado, ele se transforma em biometano, pronto para abastecer veículos adaptados.
Vantagens ambientais e econômicas
Este tipo de combustível pode reduzir em até 90% a emissão de gases de efeito estufa em comparação ao diesel. Além disso, emite menos partículas nocivas à saúde.
“É uma solução que alia eficiência energética e sustentabilidade, além de aproveitar resíduos que seriam descartados”, destacou Anderson Lopes.
Outro ponto positivo é que os ônibus podem utilizar a mesma tecnologia dos modelos a gás natural veicular (GNV), já conhecida no mercado. O custo também tende a ser mais competitivo, tanto frente ao diesel importado quanto em relação aos veículos elétricos.
Obstáculos para expansão
A principal barreira ainda é a infraestrutura de produção e distribuição do biometano, considerada insuficiente para atender a grandes frotas. O investimento inicial em usinas de produção é alto, e especialistas defendem incentivos governamentais para acelerar a adoção.
Outro desafio está na logística: é preciso garantir fornecimento contínuo para as garagens de transporte intermunicipal e urbano.
Autonomia e próximos passos
Os ônibus a biometano conseguem rodar até 450 km em estradas com um único abastecimento. A estimativa é que ele possa fazer quatro vezes o trajeto sem precisar reabastecer.
Campinas se junta a cidades como São Paulo, Goiânia e Londrina, que já testam ou utilizam veículos movidos ao combustível.
Com a estreia do modelo rodoviário, a expectativa é que a tecnologia ganhe espaço em outras regiões. Para a Viação Santa Cruz, a aposta no biometano reforça o compromisso da empresa com a transição energética e a redução da pegada de carbono no transporte público.
Mais detalhes na edição 53 impressa da nossa Revista Sou + Ônibus.
Com informações de Helio Silva, gerente do SETPESP.
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